supercrônico

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crônicas, contos e poesias

domingo, 30 de setembro de 2012

Falta conteúdo



É com  um ano e meio de vida mais ou menos, que as crianças arriscam as primeiras palavras, emitindo sons que a gente não entende, sons tipo:"blá, blá, blá" ou "der, der, der" e outros, nos agraciando com tanta ternura, fazendo com que a gente decifre cada sinal. Imagino se colocarmos um microfone na mão de um bebê desse e gravar esses ruídos.
Ouro tipo que a gente não entende, são as pessoas que possuem algum problema psiquiátrico, que perambulam a noite entre os corredores de um manicômio, vestindo roupas de enfermo, fazendo gestos com as mãos e também emitindo sons com a boca, tentando comunicar com as pessoas, com o mundo, com eles mesmo, ou com seres que só eles enxergam, sons que soam tipo: "Lá, lá, lá" e etc.
Imagino se dermos um microfone nas mãos de um bebê ou de um maluco ausente de capacidades intelectuais, gravando-os num cd, dvd, ou disponibilizando na web, seria um grande sucesso, entrando na onda dos sertanejos universitários, que lotam recintos de exposições, rodeios e outras festas do gênero, cantando músicas que possuem frases tipo: "Eu quero tchu, eu quero tchá", ou "tche, tchererêrê, tchê, tchê" ou "Bará, bará, berê". Músicas com no mínimo 3 minutos, sem conteúdo algum a não ser sexista e machista.
Com o mesmo tempo que o cantor do momento gastou dizendo tche, tcherêrê, tchê, tchê", Renato Russo disse: "É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã".
Agora, qual das duas frases é mais útil para a aprendizagem de uma pessoa? E qual é a ideologia de quem canta, "Bará, bará, berê"?

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SADOCASSETADAS



O sádico denota a excitação e prazer provocados pelo sofrimento alheio e, esse sofrimento pode ser provocado por ele mesmo com agressões físicas, verbais, situações vexatórias, ou apenas assistir de fora outro que agride da mesma maneira outra pessoa.
Podemos encontrar normalmente um sádico na cama com seu parceiro ou parceira masoquista, na rua, nos parques, no cinema, discretamente no meio social, praticando seu fetiche dentro do seu íntimo ou sentado no sofá de domingo, enquanto assiste o "Domingão do Faustão".
As "Vídeos Cassetadas" já é exibida à anos nas tardes dominicais no programa de Fausto Silva, na Rede Globo, sendo sucesso de audiência, arrancando risos do telespectador que admira esse tipo de vídeo. Esses vídeos normalmente são feitos por cinegrafistas amadores em câmeras domésticas, dessas que se usam pra filmar festinhas de aniversário, formaturas, casamentos, super atentas para flagrar um noivo caindo de cara no bolo, um pescador que é puxado pra dentro do rio por um peixe enorme, a tia velha que além de dançar desengonçado, ainda cai de vestido e as pernas abertas no meio do salão, o inusitado, pessoas, animais e crianças em situações constrangedoras.
Eu, particularmente não acho nada disso engraçado, pois, quando caio e me machuco sinto dor e dor é ruím, como posso achar a dor alheia prazerosa? Cabe a mim ou qualquer outra pessoa normal sentir pena.
Pior é saber que atrás de uma pessoa que esta se "dando mal" literalmente, tem um cinegrafista que filma até o fim a situação daquele que aparece no vídeo, sem socorre-lo, mas, pior ainda é que em volta do foco principal do vídeo, ás vezes tem varias pessoas que ao invés de ajudar riem dele.
Mas, diante de tantas questões sobre o caso que eu já disse, a "mais pior" de todas, como diz meu primo do interior, é quando crianças e animais são protagonistas do curta que vai de 5 segundos a 30 segundos, pois, os adultos são adultos, sabem do que fazem, mas crianças e animais se machucando, caindo, chorando e etc, não tem graça alguma e rir disso tudo no meu ponto de vista é maldade, sem demagogia alguma.