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crônicas, contos e poesias

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Funk de mentira e o Funk de verdade



São carros esportivos, são carros rebaixados, são carros velhos, são carros luxuosos, de várias cores, de vários tipos diferentes de potências de motores, de designs, mas nenhum tem chamado tanta atenção quanto aos carros
sonoros, aos minis carro-elétricos, que desfilam subindo e descendo contaminando nossos ouvidos com a sua poluição sonora, pois nota-se que quanto mais alto é o som do carro pior é o gosto musical do motorista e cada vez mais tem piorado depois que esse tal de Funk se tornou moda entre os jovens dessa nova geração.
Diante de tanto sucesso desse estilo musical e sem saber o que era realmente, perguntei a uma adolescente dessas que vive nos ônibus coletivos com um fone de ouvido na orelha e plugado num celular, sobre o que era o funk. Ela me respondeu educadamente que existia 3 tipos de funk: "O funk carioca, o paulista e o Melody".
O funk carioca é o que prega a promiscuidade, o sexo fácil sem compromisso, ao sexo precoce de meninas menores de idade, ao machismo, ao adultério e tratando as mulheres como um objeto sexual, cantado até por elas mesmos, por exemplo:


"Bate, bate, bate, bate 
Com o peru na minha cara

Bate, bate, bate, bate
Essa é a minha tara."



E que o Funk Paulista prega a ostentação por bens materiais, por grifes, objetos de luxo, ostentando também a possessão de mulheres bonitas, status e festas, por exemplo:

"Ostentação fora do normal quem tem motor faz amor
Quem não tem passa mal."

E por fim o Funk Melody, sendo ele o melhor dos piores, que simplesmente mantém o ritmo dos outros (Paulista e Carioca) mas com um conteúdo romântico, sem sacanagem ou ostentação.
Agradeci a adolescente pela informação mas disse a ela que essa geração não sabe, que só existe dois tipos de Funk, que é o funk de mentira, ou seja esses todos que citei acima e o Funk de verdade:

O Funk (original) é um gênero musical que se originou nos Estados Unidos na segunda metade da década

de 1960, quando músicos afro-americanos misturando soul, jazz e rhythm and blues criaram uma nova forma  de música rítmica e dançante.
Os pioneiros desse gênero são: James Brown, Sharon Jones, Sly & The Family Stone, Funkadelic, The Commodores, Wind and Fire, The Brothers Jhonsons  e tendo destaque também na voz de Amy Whine House.
No Brasil bandas como: Elephunk, Funk como le gusta, Banda Black Rio e os ícones, Wilson Simonal, Gerson King Combo e Tim Maia  que fizeram história nos bailes dos anos 70.