supercrônico

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crônicas, contos e poesias

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Em defesa dos palhaços

Dizem por aí que existem indivíduos que tem instantes de palhaçadas, fazendo rir as pessoas ao seu redor pelo simples fato de fazer feliz o próximo e de querer transformar o ambiente em mais harmônico. Tem que aqueles que não são palhaços por um instante mas sim o tempo todo, demonstrando um farto repertório de criatividades. Fora aqueles que são palhaços como uma forma de disfarçar as próprias mágoas por trás de um personagem que ele mesmo inventa.
Mas será que esses indivíduos se inspiram naquela tradicional figura oriunda do circo?
Há relatos de figuras semelhantes ao palhaço contemporâneo desde 2500 a.C, no Egito Antigo. São encontradas várias outras referências; Grécia, Roma, China e até em civilizações americanas como os astecas. Podemos achar referências à arte de fazer rir quatro mil anos atrás. Inúmeras vezes esse personagem adquiria importantes papéis sociais, muitas vezes estando ao lado do rei ou imperador. Esses papéis sociais se estendem até hoje em trabalhos beneficentes  em hospitais, em comunidades carentes, praças públicas, escolas e etc.
Me lembro até hoje quando eu ia com a família ao circo assistir apresentações tais como o globo da morte, mágicos, equilibristas e trapezistas enquanto aguardávamos ansiosamente pelos protagonistas do espetáculo, que por sua vez entravam no palco dentro de um carro pequeno que mal cabia um e quem dirá dois, três, quatro...que desciam do carro chutando o traseiro do amigo, trocando tortas na cara e uma flor no paletó que espirrava água só pra sacanear.
Me recordo também que quando víamos alguém trajado desse personagem descendo ás ruas do bairro, íamos de encontro com ele, pra seguir junto se possível de mão dada, mão essa tão disputada, pena que só tinham duas, com toda alegria e ingenuidade diferente de uma geração atual que prefere dizer "vou passar por cima de um desse caso eu cruze no meu caminho".
Mas qual o motivo de tanta raiva sobre este que só nos faz bem?
Hoje basta digitar a palavra "palhaço" ou "clown" (em inglês), em alguma ferramenta de busca para que o resultado seja bem diferente da ideia normalmente associada a risos e diversão. "Histeria", "macabros", "horríveis", "aterrorizantes" e "assassinos" são algumas das associações de palavras encontradas.
É que a moda de pessoas vestindo máscaras aterradoras de palhaços tem se estendido por diversas cidades dos EUA e agora dá trabalho às polícias britânica e canadense. O que começou como uma simples travessura para dar sustos em pessoas parece estar se tornando algo mais perigoso.
Muitas das pessoas que se vestem de palhaços usam as roupas coloridas que todos nós conhecemos, mas a diferença está no uso de máscaras com expressões de terror.
Acontece que esses  palhaços (imitadores) andam pelas ruas à noite, em parques e locais menos iluminados, de onde aparecem de forma repentina para assustar pedestres e motoristas. Uma conta no Twitter, intitulada "Avistamento de Palhaços", tem mais de 100 mil seguidores e dezenas de fotos e vídeos feitos nos EUA e em outras partes do mundo.
Nisso a imagem do personagem vem sendo distorcida principalmente para aqueles que ainda não o conheciam, transformando o bom moço em vilão da sociedade.
Mas porquê escolheram o palhaço ?Não poderia ser o mágico, o equilibrista, o trapezista?
Só sei que independente de qual é o motivo desencadeador dessas pessoas se vestirem assim, devemos tomar cuidado por não sabermos a verdadeira intenção de quem se esconde atrás de uma fantasia. Mas torço também que parem com essa brincadeira de mau gosto e não matem aquele que faz parte da história de nossa alegria.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Faces do mau humor

Admiro aqueles que acordam assobiando ou já ligam a TV bem alta nos noticiários matinais enquanto se prepara pra sair pro trabalho, digo pelo fato de que muitos quando acordam tem aquela meia hora de reflexão e silêncio, dando passos vagarosos até o banheiro, escovando os dentes em slowmotion, fora aqueles que acordam de mau humor e a cara 'entufada' nos olhando com a cara de que não querer assunto naquele momento. Mas tem aqueles que tem mau humor tanto quando acorda e tanto quando esta próximo da hora de dormir, à flor da pele, que segue as regras do relógio biológico absintosamente, como um celular que se descarrega, como a pilha de um carrinho tromba-tromba que se esvaia de energia trazendo-o mesmo mau humor de quando acorda e esse mesmo mau humor o torna um indivíduo(a) agressivo nas palavras ou nos gestos.
Claro que cabe a nós saber lhe dar com essa situação e não levar tão a sério algumas pessoas que sofrem desse mal, senão seria até desculpas para escapar de algumas situações. Por exemplo: imagina um homem que matasse o vizinho e alegaria ter cometido tal crime pelo simples fato de estar de mau humor consequente por estar com muito sono devido a uma noite mal dormida e ao chegar na delegacia pra depor dormiria na mesa do escrivão, a cadeia certamente teria um pavilhão só para aqueles que sofreriam de insônia ou logo teríamos casas de recuperação, terapias de grupo e afastamento do trabalho à indivíduos que sofrem desse mal.
Pior são aqueles que nos obrigam a aceitar tais 'golpes de ferradura' dizendo que o jeito deste faz parte de sua personalidade e que quem conviver junto terá de se submeter pra não viver em pé de guerra ao invés de reconhecer a própria dificuldade afim de tentar mudar.

Cabe a quem tem esse problema se por no lugar do próximo e se tratar pra que tinha um bom convívio social.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Linhas de Histórias

Como é em todo ano, uma emissora de TV local lançou a sua edição atual do concurso de redação, cujo só participa alunos da rede estadual de ensino médio e do ensino fundamental II cujo o tema é "amizade".
Já estou achando que será um fracasso o número de participantes desse concurso ou  que o números de folhas com linhas em branco que será entregue será muito grande. Digo por sentir a distância que as crianças e os jovens da nova geração tem um com o outro.
E  o que dirão? Que tem amigos mas não os veem? Que não os sentem? Que raramente sorri um para o outro? Que dificilmente se cumprimentam ou inventam toques  cumprimentos todo elaborado e que quando ri é de um vídeo sem graça "que bomba na rede social"? Falo pelo fato de só se comunicarem por através de um aplicativo nos seus smartphones, deixando de lado as piscinas nas tardes de sol, a bola, o jogo de betcha, as corridas de carrinho de rolimã ou o simples sentar na calçada pra jogar conversa fora.
No meu caso, diria na minha redação que eu, Dudú, Gordinho, Dani, Juca, Moisés e outros caminhavam longas distâncias brincando de se equilibrar na linha do trem, que também eu, Zé, Kiko e Roberto escorregávamos numa prancha improvisada de porta de armário velho que ia do topo do barrancão de terra vermelha aos pés da estrada férrea, a mesma que servia como linha de equilíbrio por longas distâncias, arrancando os carrapichos e as mudas de tiririca que a gente topava no caminho e, sem esquecer que eu, Mike, Cabeça, Juninho, Rafael se encontravam todo fim de tarde na copa de uma mangueira alta,  fora aqueles que pulavam de um galho (todos tinham o seu) para o outro e logo, já crescido um pouco, eu, Miltinho e Daniel formamos uma banda de rock que tocava em troca de um cachorro-quente pra cada, mas sem se importar por fazer o que amava chegando a sonhar com o sucesso.
Se sua redação será entregue em branco só lamento, pois a minha teria linhas e linhas de histórias

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Zumbis on line

Importante é estar de olho nas notícias pelos telejornais, revistas, diários, rádios e etc. Pois além de matemática, Língua Portuguesa e informática básica, os assuntos da atualidade tem um peso fortíssimo nas aprovações de concursos públicos e vestibulares.
E a imprensa noticía tudo, desde o escândalo da Petrobrás, passando pelo o aumento da gasolina, o caos da falta de água no sudeste, traficante brasileiro morto na Indonésia, o fracasso das UPPs instaladas nos morros cariocas e as balas que se perdem no ar e se chocam na cabeça de uma criança inocente, mas isso já tem se tornado comum na rotina de quem assiste TV.
Mas... Quem me dera ter uma cadeira na bancada de um telejornal de qual emissora e, como âncora transmitiria ao público notícias a partir do meu ponto de vista. Logo daria a nota em um só dia de que:

"Aumenta o índice de acidentes no trânsito"

"Pedestres distraídos são atropelados com maior frequência"

"Jovens estão cada vez mais obesos"

"Garota agride a mãe após surto de loucura"

"Fisioterapeutas recebem pacientes com dores no pescoço"

"Aumenta o desemprego no Brasil"

"Adolescentes passam horas sem sair do quarto"

Estudantes tem  rendimentos negativos e aumenta a reprova escolar"

Ai você perguntaria:
__ O que será isso Senhor jornalista? Um terremoto? Um maremoto? Um Tsunami? Um toque de recolher do PCC?

Negativo caro telespectador. É somente resultados do mal uso da internet via celular e os usuários que tem se tornado Zumbís on line, se afastando do convívio social com a necessidade de estar conectado o tempo todo, até mesmo no período de trabalho com a hipótese de deprimir sem o uso de tal. Esses vivem como se entre o caminho próprio e  da realidade existisse uma rede social, bem no centro interligando-os, como se tudo passasse por isso, divulgando cada passo, o que come, o que bebe, aonde vai, o que faz e o que deixa de fazer.
Quando digo que tudo passa pela rede social sendo o filtro da aceitação ou não é porque vejo pessoas citando o que aconteceu numa postagem ou outra como um fato negativo ou positivo pra sua vida pessoal.

Por exemplo:

"Estou triste, pois João me bloqueou no face..."

"Que raiva, Maria não assistiu o vídeo que publiquei"

"Uhul!!! Recebi mais de 100 curtidas no meu post"

"O que será que aconteceu? A Jéssica esta on line e não quis falar comigo :( "

"O Pedro? já não tenho notícias, pois sumiu do What´s APP"

É o filtro.

A internet é uma ferramenta que veio, ficou e é muito necessário devido a velocidade de informações e acontecimentos na vida atual, mas tem que saber usar sem se tornar dependente e sem perder o contato pessoal com outras pessoas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sobre os nomes, sobrenomes


É assim, além da espera do pequeno ser que virá ao mundo trazendo amor e felicidades a todos da família, existe também a discussão de qual será o nome deste até entrarem num acordo e assim ser definido e, quando nasce, além do nome o bebê ganha um sobrenome, que é a junção dos sobrenomes do pai e da mãe oriundos dos avós e bisavós e assim por diante, nisso esse cresce e se casa tendo também um filho, dando também nomes e sobrenomes que vão se difundindo mundo a fora enquanto houver população humana.
Sobrenomes árabes, portugueses, italianos, espanhóis, alemães e sobrenomes que levam um tempo a mais para se pronunciar de tão grande que é, tipo Pedro Alvares Cabral. Tem aqueles que mostram a sua posição social, se você é rico ou pobre, mas sempre dando personalidade e identificação de um com os outros, dando também uma questionação curiosa do quanto somos miscigenados, formando um país misto de origens.
São Souzas, são Silvas, são Pereiras, Alves, Limas, Costa, Campos e etc. Sendo eles com brasão ou não, sendo eles com status ou não, sendo eles bonitos ou feios.
Mas os sobrenomes se tornam curiosos quando eles tem o mesmo significado de um objeto, de uma árvore, de um animal. Imagina se resolvêssemos escrevê-los ao "pé-da-letra", por extenso o que ele significa, por exemplo:
__Paulo César Pé de Azeitona
No caso, "Pé de Azeitona", seria Oliveira, ou:
__ Maria do Carmo Pé de figo.
"Pé de figo"que substituiria o Figueira, ou:
__Luis Fernando Pavos Cristatus, que naturalmente seria Luis Fernando Pavão e pra finalizar:
_ Mário Gonçalves de Oliveira Pênis, mas esse nem irei traduzir.
Mas os sobrenomes são indiscutíveis as vezes, pois são heranças que vem dos primórdios até o atual, que darão continuidade a

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Mamãe relapsa


Eram 5 patinhos que foram passear, daí voltaram 4, ai  os 4 que voltaram foram de novo passear no mesmo lugar, nisso voltaram só 3, depois 2, 1 até esse último também sumir. Mas será que não daria pra evitar o passeio ou mudar a direção do mesmo uma vez que os outros foram e não voltaram sucessivamente? Será que acharam um lago maior e mais bonito do que frequentava? Será que achou comida em abundância? Será que conheceram outros patos de "má influência" e por isso não voltaram?
No universo de canções infantis e de ciranda abordam temas curiosos do tipo um Cravo que brigou com uma rosa, de uma velha que atira paus em gatos, de alguém que apavora uma criança ao dizer que papai foi à roça e mamãe foi trabalhar, sendo assim, nesse caso, quem esta cantando? Quem é você? Pensa o bebê; Ou despertando nosso sentimento de pena, de um sambalelê com a cabeça quebrada, de um soldado que é obrigado a marchar direito pra não ir preso no quartel ou do pobre pai Francisco, que ao entrar na roda para demonstrar seu dom musical foi preso. Como seria a vida dos músicos que tocam na noite, nos bares, nas casas de shows ou na Avenida Paulista, diante de um chapéu no chão com miseras moedas dentro da cúpula, caso isso virasse tendência nacional?
Mas voltando aos patinhos, relevamos por serem "patinhos" ainda "bebês patinhos" e sem noção do perigo. Mas que mãe é essa que deixou os 5 patinhos sumirem pra depois desesperadamente procurar?
Que bom que achou, porém podiam serem atropelados, sequestrados, violentados... Nesse mundo cruel...
Mas é apenas uma brincadeira em relação ao conteúdo da letra, pois mesmo sumida da grande mídia ainda acho que ela é a melhor coisa televisiva para as crianças, ensinando-as didáticas pedagógicas com muita diversão, ensinando as cores, letras, números e valores sociais hoje cada vez mais raro na arte sonora do mundo infantil.