supercrônico

supercrônico
crônicas, contos e poesias

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sobre os nomes, sobrenomes


É assim, além da espera do pequeno ser que virá ao mundo trazendo amor e felicidades a todos da família, existe também a discussão de qual será o nome deste até entrarem num acordo e assim ser definido e, quando nasce, além do nome o bebê ganha um sobrenome, que é a junção dos sobrenomes do pai e da mãe oriundos dos avós e bisavós e assim por diante, nisso esse cresce e se casa tendo também um filho, dando também nomes e sobrenomes que vão se difundindo mundo a fora enquanto houver população humana.
Sobrenomes árabes, portugueses, italianos, espanhóis, alemães e sobrenomes que levam um tempo a mais para se pronunciar de tão grande que é, tipo Pedro Alvares Cabral. Tem aqueles que mostram a sua posição social, se você é rico ou pobre, mas sempre dando personalidade e identificação de um com os outros, dando também uma questionação curiosa do quanto somos miscigenados, formando um país misto de origens.
São Souzas, são Silvas, são Pereiras, Alves, Limas, Costa, Campos e etc. Sendo eles com brasão ou não, sendo eles com status ou não, sendo eles bonitos ou feios.
Mas os sobrenomes se tornam curiosos quando eles tem o mesmo significado de um objeto, de uma árvore, de um animal. Imagina se resolvêssemos escrevê-los ao "pé-da-letra", por extenso o que ele significa, por exemplo:
__Paulo César Pé de Azeitona
No caso, "Pé de Azeitona", seria Oliveira, ou:
__ Maria do Carmo Pé de figo.
"Pé de figo"que substituiria o Figueira, ou:
__Luis Fernando Pavos Cristatus, que naturalmente seria Luis Fernando Pavão e pra finalizar:
_ Mário Gonçalves de Oliveira Pênis, mas esse nem irei traduzir.
Mas os sobrenomes são indiscutíveis as vezes, pois são heranças que vem dos primórdios até o atual, que darão continuidade a

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Mamãe relapsa


Eram 5 patinhos que foram passear, daí voltaram 4, ai  os 4 que voltaram foram de novo passear no mesmo lugar, nisso voltaram só 3, depois 2, 1 até esse último também sumir. Mas será que não daria pra evitar o passeio ou mudar a direção do mesmo uma vez que os outros foram e não voltaram sucessivamente? Será que acharam um lago maior e mais bonito do que frequentava? Será que achou comida em abundância? Será que conheceram outros patos de "má influência" e por isso não voltaram?
No universo de canções infantis e de ciranda abordam temas curiosos do tipo um Cravo que brigou com uma rosa, de uma velha que atira paus em gatos, de alguém que apavora uma criança ao dizer que papai foi à roça e mamãe foi trabalhar, sendo assim, nesse caso, quem esta cantando? Quem é você? Pensa o bebê; Ou despertando nosso sentimento de pena, de um sambalelê com a cabeça quebrada, de um soldado que é obrigado a marchar direito pra não ir preso no quartel ou do pobre pai Francisco, que ao entrar na roda para demonstrar seu dom musical foi preso. Como seria a vida dos músicos que tocam na noite, nos bares, nas casas de shows ou na Avenida Paulista, diante de um chapéu no chão com miseras moedas dentro da cúpula, caso isso virasse tendência nacional?
Mas voltando aos patinhos, relevamos por serem "patinhos" ainda "bebês patinhos" e sem noção do perigo. Mas que mãe é essa que deixou os 5 patinhos sumirem pra depois desesperadamente procurar?
Que bom que achou, porém podiam serem atropelados, sequestrados, violentados... Nesse mundo cruel...
Mas é apenas uma brincadeira em relação ao conteúdo da letra, pois mesmo sumida da grande mídia ainda acho que ela é a melhor coisa televisiva para as crianças, ensinando-as didáticas pedagógicas com muita diversão, ensinando as cores, letras, números e valores sociais hoje cada vez mais raro na arte sonora do mundo infantil.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Orgulho de ser suburbano

Na volta pra casa se via o carro de um ambulante anunciando em alto e bom som: "Pamonhas de milho verde, pamonhas de piracicaba", enquanto outro cruzava a mesma rua também anunciando, mas sendo este outro serviço:"Panelas de pressão, consertamos qualquer problema de sua panela", enquanto ele continuava a descer a rua com uma sacola de pão e uma caixinha de leite nas mãos, dando bom dia as senhoras que trocam doce por cima do muro com a vizinha,às senhoras que varrem as calçadas de suas casas para mante-la limpa, as senhoras que só varrem pra saber o que o vizinho esta fazendo, os senhores que leêm jornal na praça e os jovens que trabalham. Entrou em casa, tirou a chave de dentro do vaso plantado "comigo ninguém pode" numa lata de óleo usada, dessas grandes, abriu a porta empurrando lentamente um elefante de gesso e entrou já sentando na mesa, cortando o pão que trouxe, bebendo o leite que trouxe, mas se levantou pra pegar margarina. A geladeira tinha imã de cima a embaixo, imã com telefone do entregador de gás, da pizzaria,do moto-táxi, com imagem de santo e também se via capa em tudo, no liquidificador, no galão de água, no boutijão de gás, bordados e com rendas em volta, fora os pequenos caminhos de mesa ou guardanapos embaixo de tudo que era bibelô. Com a refeição feita, trocou-se, caminhou-se de volta na rua com a mochila e a marmita queimando as costas que logo tomou o ônibus, lotado como sempre de pessoas como ele que mesmo nas dificuldades do dia-dia tem orgulho de ser suburbano