supercrônico

supercrônico
crônicas, contos e poesias

sábado, 14 de janeiro de 2012

10 meia 1

Regente Feijó

Considerado um dos fundadores do Partido Liberal, era um professor de História, Geografia e Francês, se estabelecendo em Itú, aonde foi vereador e se dedicou ao estudo da Filosofia. Foi também deputado por São Paulo às Cortes de Lisboa, abandonando a Assembléia antes da aprovação da Constituição, sendo defensor da descentralização e de políticas liberais, entrando em conflito com a própria Igreja.
Foi também na política além de vereador e deputado, senador, ministro da Justiça, regente do Império e quem deu nome a uma rua de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Rua que nasce na marginal da BR-153, vai descendo, passa por debaixo do viaduto que liga a avenida Murchid Homsi à represa Municipal, corta os bairros Jardim Estrela, Vila Elvira e Vila Ercília e morre no Pronto socorro Central.
Morre alí mas me mantém vivo na memória, eu, Dudú, Miltinho, Pork´s, Marcus coxinha, Marcel, Léo, Kiko, Anderson Cabeção, Juquinha, Priscila, Roberta, Silvelena, Marciel, Fabião, Planalto, Cri, Eliana, Juliana, Césinha e outros, sentados cada dia na calçada da casa de um, ou se reunindo pra dalí sairem sem destino, deixando as mães doidas, até então dar de frente a algo que os divertia, que ia desde quebrar os vidros do prédio velho da Swift à apertar campainhas das casas vizinhas e sair correndo.
Me lembro quando brincávamos nas cruzas da regente Feijó de Betcha, Pipa, futebol, chinelinho, pular mula e etc. Tinha que ser nas cruzas Joaquim Marques Alves, Antonio Carlos ou Vital Brasil, Pois a rua, cujo o regente do império emprestou o nome, era de muito movimento de automóveis.
Mas tinha uma casa dessa rua que se destacava, principalmente pelo tamanho do terreno, aonde eu brincava de jogar bolinha de gude e esconde-esconde e, também pela graça de uma senhora católica, que não perdia as missas de domingo que zelava fervorasamente pelos seus três filhos, junto ao seu marido que vivia na estrada em pról da triste labuta. Labuta triste que lhe rendia alguns merréis, pra sustentar sua mulher e três filhos, todos residentes da Rua Regente Feijó, 1061.

Nenhum comentário:

Postar um comentário