Mas esse sonho voltou à tona por esses dias, despertando novamente o mesmo desejo de voar da infância, para voar do meu quarto ao banheiro, da sala a cozinha e outros cômodos do meu apartamento. Isso tudo porquê o vizinho do 12, apartamento que fica debaixo do meu, se incomoda com o som dos meus passos, que na qual ele ouve do quarto dele enquanto eu caminho, porém, que ele saiba bem que tais ruídos que possam incomodá-lo e a outros vizinhos, tipo, televisão, rádio, eletrodomésticos e outros, eu evito á partir de certo horário, mas de caminhar não dá, a não ser que a tecnologia desenvolva para condomínios um start antigravitacional, tipo um botão interruptor igual ao de acender a luz, cujo você aperte e você flutue, como os das naves espaciais da Nasa, para se locomover dentro do apartamento sem tocar os pés no chão.
Mas é impossível e cabe a ele deitar , esticar o corpo se relaxando no conforto do seu colchão, esticando-se, fechando os olhos, respirando e se desligando do mundo, enquanto eu, um reles ser humano que não voa e nem flutua, ver da janela os pássaros, esses, que por sua vez sabem voar de verdade.