supercrônico
sábado, 5 de outubro de 2013
A maldade em torno de um abraço
Ele já fez coisas que até o Diabo duvída, coisas do tipo separar uma mãe da filha após o parto jogando a criança em uma caçamba, já mandou matar, já roubou a empresa do próprio pai, já planejou um sequestro fora o cinismo e as risadinhas de ar irônico.
É como uma criança daquelas que se joga no chão do supermercado, esperneando, urrando lágrimas de dor de vontade de ter aquilo que viu em uma prateleira qualquer e a mãe negou por não ter dinheiro ou daqueles adolescentes, que se vestem exoticamente pra ir ao shopping no sábado a tarde, pra chamar atenção talvez não dos amigos e sim da família. Esse é o Félix, um vilão mau caráter da teledramaturgia do horário nobre, invejoso, ardiloso que promove suas maldades à partir de uma ferida aberta causada por um simples ato, que ele pede incessavelmente mas ninguém percebe.
Essa foi a pauta discutida numa roda de casais que estavam a meses por serem pais do seu primeiro filho, tendo como exemplo jovens infratores que delatam no princípio de suas histórias pessoais a ausência de carinho do pai, da mãe e da família. Claro que nada justifica, pois todo crime tem que ser coibido, julgado e punido como manda a lei, mas o carinho e a atenção é uma das principais sementes que se planta pra no futuro termos bons adultos.
E pra quem acompanha a novela das 9, vemos que a personalidade do vilão gira em torno de uma carência e da falta de carinho do pai.
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E da indulgência da mãe.
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