
Pula do alto do telhado em parafuso até cair em pé no chão, rouba a carne à temperar da pia e sai correndo de volta, levando cintadas no lombo pra cima do telhado e, sem temer, espreita por várias vezes, pra descer denovo e roubar a mistura da família, cujo teve a casa invadida. Ele nos olha de cima, como se dissesse "o telhado é meu, nãoa dianta... Hahahahahaha!!!".
Com o tempo ele perdeu o medo, enfrentando o crime de frente, sem medo de levar outras cintadas na região lombar, rasteiro, entre as pernas cansadas de quem varre os pelos que cai do seu corpo, pra cometer mais um furto e dessa vez correr pro quintal mesmo, pra depois deitar de barriga cheia e nos olhar, se lambendo, como se dissesse: "o quintal também é meu". Oras bolas, aquela criatura sapeca nos vencia aos poucos pelo cansaço, enquanto bolavamos um plano para pega-lo e despejá-lo, entregando-o pra alguma organização que cuide do caso em especial, sem machucá-lo.
O meliante se tornou de presença comum, como as árvores do quintal, como os carros que transitam na rua diante do portão fechado, tanto que ao ouvir seus passos pesados no telhado, a dona da casa gritava e pedia pra esperar passar o almoço, pra jogar lá em cima o que sobrava, e o gatuno obedecia. Ás vezes descia e esperava na porta do lado de fora, e depois que comia deitava esparramado no chão frio, com olhar de preguiça que dizia: "A sala também é minha, tá tudo dominado".
Certa vez, depois de muito tempo, o homem que a perseguia com um cinto em punho, levantou uma bandeira branca enrolada num cabo de vassoura e pediu paz, e a mulher que varria cansado os pelos que caiam do corpo do infrator disse: "O invasor é fêmea, e vamos chama-la de Nina" .
O invasor dominou territórios e conquistou todo mundo.
Amor, a Nina tem dor de cabeça crônica por isso ela é brava...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkmas, ela é linda e tem uma personalidade fortíssima.
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