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crônicas, contos e poesias

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mecânico de gente

Mecânico é o profissional cuja a atividade é a reparação de máquinas, motores e outros equipamentos mecânicos. Meu tio tem um de sua confiança, aonde ele leva seu monza hatch 83 dourado, adaptado com jogo de rodas aro 16, passado a álcool, com dados de pelúcia pendurados no retrovisor interno, toda vez que sente algum problema no veículo. Certa vez, ele ouviu um barulho diferente oriundo do motor, levou o carro pra consertar, e dias depois já com o carro de volta e consertado, tornou a ouvir o mesmo barulho. Olha só, o mecânico errou e sem querer trocou a peça errada, pondo outra no lugar. Um profissional ás vezes erra, mesmo atuando no ramo à anos e tendo a confiança de clientes como meu tio e outros.
Mas tem um outro tipo de mecânico que quero ressaltar. É o mecânico de gente, que diagnostica e conserta  problemas físicos, fisiológicos, psicológicos e etc das pessoas. Repara engrenagens(articulações), válvulas, bombas(coração) circulação de óleo(sangue), a ingestão de combústivel(alimentos)
Vi na TV que um indivíduo levou sua vózinha doente a um profissional nesse em uma oficina(hospital) cujo o tratamento é gratuito. O homem olhou, analisou e disse: "Temos que tirar uma peça da vovó que não esta funcionando mais", e essa peça que o mecânico(doutor) se referiu, era a perna esquerda. A vovó e o neto voltaram pra casa felizes crendo que mesmo sem uma peça(perna) da velhinha, a doença e as dores que a incomodava cessariam, tendo ela que se adaptar dali pra frente, a um novo estilo de vida. Mas as dores continuaram e mais tarde, quando voltaram a mesma oficina (hospital), mas dessa vez com outro profissional, descobriram que amputaram a perna errada da vovó.
O mesmo aconteceu com a estudante Luana Neves Ribeiro, 21, que morreu no dia 04/07/2011 depois de passar por um procedimento para doação de medula óssea, a uma criança com leucemia no Rio de Janeiro, no Hospital de Base de São José do Rio Preto-SP. O laudo entregue à polícia civil, atesta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, ou seja, morreu em consequência de erros médicos. Mas erros médicos ja deixaram de serem novidades em noticiários televisivos de nosso país, porém os acidentes vão desde esquecer tesouras cirúrgicas dentro de criança, injeção de vaselina líquida na veia, no lugar de soro, em uma garota de 11 anos, passando por deixar encostar bisturí elétrico na pele de paciente, provocando queimaduras e amputação em um bebê. Fora o flagrante recente do Jornal Nacional, exibido no dia 02/08/2011, do descaso do Hospital Regional de Sorocaba, interior de São Paulo aos pacientes.
Mas não é generalizando, pois sabemos que também temos muitos médicos éticos e competentes, que se põe no lugar do paciente, pra exercer um bom trabalho.

Mas...quando é que o estado e alguns profissionais de sáude pública, deixarão de tratar o ser humano como fossem um objeto sem vida? Será que é preciso o filho de um Ministro da saúde passar por tal constrangimento, pra daí começar a pensar em uma reforma na sáude?

4 comentários:

  1. Triste isso!Todos os reitores das faculdades de medicina deveriam ler essa postagem...estamos entregues a sorte qdo precisamos de um médico...que o exemplo lindo dessa moça q se foi tentando salvar a vida de uma criança sirva de tema de aula pra esses novos medicos...errar é humano,mas errar pode ser desumano em certos casos...não existe recall de vidas.

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  2. Comentário de Carol Aziz:

    O médico também passa por uma avaliação, segundo a matéria, de âmbito internacional para estar apto à residencia médica.
    Mas, segundo algumas matérias que encontrei, a quantidade de médicos está aumentando o que torna mais difícil a classificação p o período de residencia. Assim, muitos acabam optando por fazer especialização em cursos de pós graduação, que acabam não tendo o mesmo nível de aprendizado de uma residência médica. Por isso, temos profissionais cada vez menos capacitados.
    Diferente do Bacharel em Direito que sem ser avaliado pela OAB, não consegue exercer a profissão, nem mesmo o título de Doutor.
    Será que fazer justiça é mais considerável que salvar vidas? Sendo assim, acho que estamos à frente de uma sociedade cada vez mais "burra"... Se é este o propósito dos dirigentes televisivos do país, temos a mais concreta resposta, de que infelizmente, eles estão conseguindo.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina
    Bjs.

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  3. Valeu Carol Aziz, você não conseguir postar o comentário no blog, mas eu copiei e colei, pois achei nteressante sua pesquisa e linha de raciocínio

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  4. Realmente vivemos cada dia mais a mercê da sorte, o jeito parece ser não adoecer mais??? Parece ser a solução mais correta, NÃO...
    Eu me recuso a acreditar que não existam mais profissionais competentes, e capazes de exercer o ofício de sua profissão sem que se pense em questões capitalistas, não se brinca com a vida, muito menos se compra outra. Porém, o problema é bem maior do que se imagina, e começa lá nas séries inicias do colégio, temos crianças cada vez mais desinteressadas e com o seguinte pensamento: "tudo o que eu preciso está na internet", e realmente eles estão a um clic de tudo, de um mundo que se abre, mas que não é suficiente para que se chegue a um conhecimento necessário para exercer uma profissão futura, teremos cada vez mais "especialistas", pessoas que possuem um conhecimento limitado a uma única área, porém que não deixam de se aventurar em outras, o que gera erro, erro esse que poderá acontecer em todas as áreas inclusive na medicina.
    O jeito é ir a profissionais por indicação, fucnciona assim: sabe o médico ou dentista que cuidou da sua mãe ou de um parente próximo, então esse mesmo, reze para que ele não "morra", e possa salvar sua vida caso você precise...chegamos ao "caos da geração futura"

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