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crônicas, contos e poesias

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Dicionário Português Brasileiro

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia(IBGE) o Brasil ocupa uma área de 8.547.403 km quadrado, sendo o quinto lugar perdendo apenas para Estados Unidos,China, Canadá e Rússia e tem também 192.304.735 habitantes.
Mas encontramos dentro desses números todos e em cada canto do país um jeito singular e característico de se falar o português. São os regionalismos, que dão um sabor especial a nossa língua e servem como marca registrada de cada cultura local, refletindo as influências históricas, étnicas e culturais que moldaram as variadas populações que habitam o Brasil.
Imagina se pudessemos ter em mãos um dicionário que distinguisse essas diferenças de escritas e fonemas de uma mesma língua em um Dicionário Português Brasileiro.Por exemplo a escrita, poderíamos identificar como soa uma só palavra por sinais ou um jeito de diferente de escrever. Imagina essa frase: "A pá esta mais perto da porta" sendo escrita por um indivíduo interiorano paulista, aquele tipo que nasceu e criou-se em São José do Rio Preto, Piracicaba, São bernardo dos Campos e etc. A frase ficaria assim: "A pá esta mais peRto da poRta".
Isso mesmo, com o "R" maiusculo pra identificar o quanto eles forçam a letra. Da pra sentir uma influencia inglesa nesse jeito de falar:"there are","for"."more".
Ficaria legal também se a mesma frase fosse dita pelo paulistano nato, nascido e criado na megalópole paulista, aquele que tem mania de cantar as palavras quando fala e de tremer a lingua ao falar o "R": "A pá esta mais perrrto da porrrta". Com 3 "R".
E o carioca, marrento, cheio de ginga da baixada fluminense escreveriamos a tal frase como:"A pá esssta maisss pe(r)to da po(r)ta".
os 3 "S" identificaria aquela assopradinha com a lingua entre os dentes permanentes superiores e o "R' entre ( ) pra sentirmos aquela derrapada na letra ao cita-la.Imagina como seria os recentes livros do baiano Jorge Amado adaptado ao baianês brasileiro.
Seria mais uma obra literária pra enriquecer a cultura do país, mesmo sabendo que temos o quinto pior desempenho em alfabetização da América Latina, à frente apenas de Honduras, Guatemala, Nicarágua e Haiti.Na média, um em cada cinco nordestinos declarou que não sabem ler nem escrever um bilhete simples, com a taxa de defasagem escolar de 37,9%.
Fora que também um livro desse, assim como outros bons livros de autores nacionais e internacionais empoeiram em prateleiras de bibliotecas públicas do país, devido ao grande desinteresse pela cultura.
Alguns não tem alfabetização e informação pra ter acesso a esses, ams tem aqueles que tem ensino médio e superior completo mas dão as costas a cultura.
O J.Leiva em parceria com o Datafolha e a Fundação Getúlio Vargas entrevistaram 2.414 pessoas em 82 cidades paulistas, entre elas São José do Rio Preto e constatou que apenas 40% vão ao cinema, 60% não frequentam teatro e 61% não vão aos museus por falta de interesse e trocam isso tudo por aitividades domésticas como ouvir música, assistir DVDs de filmes,ler livros não didáticos ou frequentar festas populares,rodeios e micaretas.
é um retrato de mentes xenófobas, que não aceita o diferente e se dedicam a tipos de culturas banalizadas.

2 comentários:

  1. Infelizmente vivemos em um mundo onde a cultura deu lugar a hipocrisisa, hoje fala-se em cultura como status e não como algo para ser absorvido e passado adiante...
    Parabéns senhor escritor, pelo artigo, muito bom.
    Bjos

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  2. É.. a idéia é boa, mas pegará mais se vier com um foninho de ouvido! KKKKK!

    Uai sô!

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