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crônicas, contos e poesias

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ser Humanofobia

Medo é um sentimento universal e muito antigo, não há no mundo nenhum indivíduo que não sinta ou nunca sentiu medo na vida. O medo pode ser definido como uma sensação de que você corre perigo, de que algo de muito ruim está para acontecer, em geral acompanhado de sintomas físicos que incomodam bastante. Existem três tipos básicos de fobias, que são: Agorafobia  que é o medo generalizado de lugares ou situações aonde possa ser difícil ou embaraçoso escapar ou então aonde o auxílio pode não estar disponível. Isso inclui estar fora de casa desacompanhado, no meio de multidões ou preso numa fila, ou ainda viajar desacompanhado. Fobia social, quando a pessoa tem um medo acentuado e persistente de "passar vergonha" na frente de outros, muitas vezes por temor de que as outras pessoas percebam seus sinais de ansiedade. Fobias específicas, quando o medo acentuado e persistente é na presença  de coisas como voar, tomar injeção, ver sangue, altura. Ou ainda o medo específico de elevador, dirigir ou permanecer em locais fechados como túneis ou congestionamentos. Fora outros tipos bizarros de fobia: Antropofobia, papafobia, telefonofobia e etc.
Mas há um novo tipo de fobia que vem crescendo no meio social que atinge desde as crianças aos mais idosos. Essa nova fobia é um tipo de medo que venho descobrindo conforme venho conhecendo pessoas, todas distintas uma da outra e com histórias de vida pra contar e que na qual denominei de ser humanofobia.
Essa fobia não é um medo de lugar, ou de alguma situação embaraçosa, ou de altura, ou de animais e sim consiste diretamente no medo do homem pelo próprio homem.
 Os sintomas são o distanciamento do invidiuo da sociedade se isolando dos demais tanto nos estudos, no trabalho e na rua transitam sem dialogar com os que por ventura viria a conhece-lo.
A pessoa que acomete esse tipo de fobia são aquelas que ja se viram enganadas por outras tanto amigavelmente falando, quanto por patrões que iludem funcionários dedicados a um cargo maior ou salários mais favoráveis, ou por romances interrompidos por mentiras, infidelidades e falsas promessas e etc.
Então é natural vermos jovens que preferem sair acompanhados por mãe ou irmãos na balada ao invés de amigos do trabalho ou faculdade por não confiar em ninguém mais e senhoras indo aos cultos e missas acompanhados dos filhos ao invés de ir com a vizinha da frente ao portão.
Sabendo que ninguém vive socialmente sozinho e que o ser humano depende muito um do outro, as pessoas adeptas a esse medo passam a se relacionar apenas com aquelas que realmente confia distanciando-as dos amigos e fortalecendo cada vez mais os laços familiares.Do jeito que o convivio humano caminha o índice dessa nova pandemia social tange a crescer cada vez mais.
Será uma futura geração de quarentões solteiros, de senhoras frustadas pro não terem os netos que tanto deseja e de casais formado por primos?
Mas já pensou se isso chega a calamidade pública. Pois daí teremos times de futebol com apenas um jogador em campos reduzidos e adaptados. "Nesse domingo as 16:00 um grande clássico do futebol, Ronaldo versus Neymar, não percam". Diria o narrador divulgando a final do campeonato. Vários artistas deixariam suas bandas pra seguir carreira solo e as cantigas de rodas, as novenas, as quermesses, o jogo de baralho na praça, o bilhar, os churrascos e outras coisas simples do cotidiano popular perderiam o sentido e se extindiriam aos poucos.
Mas quase um mês pós-eleição a sociedade brasileira corre um risco de ter esse índice fóbico crescer em massa. Digo por que muitos deputados, senadores, governadores e a própria Presidente eleita, percorreram ruas do território nacional distribuindo promessas de melhoras de vida pra todo mundo, tanto na saúde, como na justiça, na educação, no trasnporte, no emprego, na previdência social e outros.
Imagina se 50% dos cidadões iludidos levarem a sério o que eles disseram. Teremos uma explosão de seres afujentados e até atacando pra não ser atacado, fora que as universidades abririam salas e salas parar formarem e lançarem novos terapeutas no mercado de trabalho.

3 comentários:

  1. será uma futura geração de quarentões solteiros, de senhoras frustadas pro não terem os netos que tanto deseja e de casais formado por primos?

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