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crônicas, contos e poesias

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sortes do acaso

Reencontrar os amigos é muito bom, ainda mais aqueles que a gente não ve faz tempo, desde a adolescência no colégio, regada a sonhos confusos, paixões, festas e a descoberta das dificuldades da vida adulta. Reencontrando meio que por acaso, meio quase se trombando dentro de uma estação rodoviária ou no tumulto de pessoas consumistas, que cruzam o centro comercial, de uma grande cidade em dias de ofertas. Mas aquele dia não foi tão agradável dar de cara com o Milton, pois ele estava triste, cabisbaixo, se queixando de tudo. O legal é reencontrar os amigos do passado felizes, em plena evolução, cheio de novidades e objetivos para a vida.
Ele me contou sobre a morte de um outro amigo incomum, que faleceu após ser atropelado por um carro importado de um playboy (no mínimo estava bêbado tirando racha), que atravessou o farol vermelho e fugiu sem prestar socorros, enquanto conduzia sua moto 150 cilindradas a caminho do trabalho, que mal tivera terminado de pagar as ultimas suadas prestações do financiamento, no trânsito exprimido da principal avenida que corta a cidade de uma ponta a outra.
Mas o mesmo, além de me noticiar com os olhos rasos d´água sobre a morte de nosso amigo incomum, comemorava a sorte de não ter sido acidentado também, de não estar na garupa daquela moto, pois horas antes do acidente, o finado motociclista passou na casa de Milton e gentilmente ofereceu uma carona, e Milton respondeu: "Hoje vou entrar mais tarde no serviço, tenho uma consulta médica pra ir antes". E agradeceu.
Também comemorei um tanto triste e mudei de assnto, mas me perguntei: Se por acaso Milton aceitasse a carona aquele acidente teria acontecido? Pois tudo é uma questão de tempo, que move ás vezes uma fração de segundo, mas que pode mudar toda uma história e até salvar vidas. Ta difícil de entender não é? Mas vou lhe dar um exemplo: Supomos que Milton aceite a carona, mas de dentro de casa ele grita: Sim, aceito, só vou pegar minha mochila e já volto". Entendeu? O tempo que ele gasta pra pegar a mochila, é o tempo que sem querer, atrasa o motociclista de cruzar aquela rua, aonde ocorreu o fatal acidente. Mas como Milton iria saber disso? Não só ele como ninguém poderia prever o fato, a ponto de tentar impedir uma morte com um simples ato involuntário.
O mesmo acontece numa partida de futebol, quando um juiz anula umm gol impedido que não estava impedido. "Se o juiz não tivesse anulado o gol, teriamos ganho esse jogo". Será?
No caso, se o gol tivesse sido aceito pelo juiz, a bola ia começar do meio do campo e não da linha de fundo do time adversário, a história seria outra e de repente o time que fez o gol perderia o jogo.
Mas tem gente que acredita em destino, que se o motoqueiro não tivesse sido acidentado e morto naquele cruzamento, seria ele acidentado em um outro, mas pra frente, pois era a hora dele morrer e cada um tem sua hora__ "Esta escrito"__ Pensa o cristão, e que o resultado da partida do futebol seria aquela mesmo, independente se o juiz anulou o gol ou não, e assim por diante. Cada um tem um modo de pensar, o que é certo ou errado eu não sei, só sei que...


" O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído..."

2 comentários:

  1. Maktub!!! Será??? Duvida cruel... Qdo quero, faço acontecer! E qdo acontece sem que seja da minha vontade? Mto loko isso né? Tomara que "O acaso me proteja, enquanto eu andar distraído..."

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  2. Difícil opinar sobre, pq se acreditarmos em acaso tudo parecerá que está a cargo da sorte, mas se resolvermos que tudo é destino, caimos em um pessimismo sem fim, pois teremos que acreditar que cada indivíduo nasce pré-destinado e nada pode ser mudado em sua vida...Então, fica aí a pergunta:" estaremos nós a mercê da sorte ou ao acaso do destino?..."kkkkkkkkkk Bjos

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