
Vinte minutos depois, o moto-taxi chegou e perguntou: "pra onde vai?", e ele respondeu: "Cidade Jardim, por gentileza", ou seja, para o bairro onde morava Nana e longe daonde morava.
Assim que pos o capacete, sentiu uma certa umidade lhe molhar a testa e um forte cheiro de suor. Mal subiu na garupa da moto e, o mototaxista arrancou-se de tal modo, fazendo com que Jonas, na garupa, levantasse as pernas e tirasse os pés do apoio, se agarrando nas barras de segurar na lateral do banco, levando um susto enorme.
O mototaxista, corria entre os corredores apertados de carros nas avenidas, Jonas até bateu com o joelho no retrovisor de um deles, mas mesmo assim pedia para que o condutor da motocicleta corresse, para que não se atrasasse para o importante encontro. Quanto mais a moto corria, mais o vento entrava pra dentro do capacete, fazendo com que o cheiro de suor aumentasse dando a impressão de já estar no corpo todo.
Nas ruas, numa noite quente de sábado, ele via moças e rapazes que transitavam a pé pelas calçadas, a procura de um bar, de carros cheio de jovens, que reduzia a velocidade e aumentava o som do mesmo, observando estes que transitava por lá, flanelinhas que apontava para vagas de carros disponíveis nas ruas, próximo a esses bares, seguranças engravatados, luminosos propagandiando bebidas, garçons e garçonetes equilibristas, que equilibravam o combústivel da alegria dos que se divertem nas noites de fim de semana.
Jovens de todos os estilos, uns com chapéu de couro e calça agarrada, outros com a franja caindo na testa, outros com abadá de micaretas passadas, outros que sentavam com a costa apoiada na porta de um comércio qualquer e alguns que pediam dinheiro nos faróis.
Não era só a pressa de chegar na casa de Nana, mas também era a vontade enorme de descer daquela moto e tirar o capacete, se livrando do mal cheiro de suor, que inalara pelo percurso todo, que fazia com que Jonas pedisse, para o condutor da motocicleta correr cada vez mais.
Logo ele chegou ao seu destino, abriu a carteira e pagou pela corrida, arrumou o cabelo de penteara pro lado, mas que já estava todo amassado, desenrolou as mangas da camisa até o pulso, enxugou a umidade que era da testa e foi pro rosto todo com uma das mangas e apertou a campainha.
Ela abriu a porta, ela saiu e junto a ela saiu também pela porta o seu cheiro gostoso do perfume, ele, receoso com o próprio cheiro lhe deu um abraço, ela disse: "Te amo"Ele sorriu e baixinho pra sí mesmo ele disse: "O amor não sente cheiro"
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