supercrônico

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crônicas, contos e poesias

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Big Brother eleitoral

Já se foi aquela época em que nós desligavamos a TV assim que começava o horário político e saia pras ruas pra conversar com o vizinho ou tomar sorvete.Sortudo era aquele que tinha canais a cabo em sua TV,que mudava de canal e só voltava para o canal anterior assim que terminava a propaganda eleitoral.
"São só promessas não cumpridas,mentiras e frases ditas da boca pra fora".
Era o que mais se ouvia, quando não:"Eles só surgem aqui na periferia na época de eleição, depois que vence some".
E eu particularmente não tirava a razão destes, porém pensava a mesma coisa, era nítido a aproximação por troca de interesses dos candidatos. Mas hoje é diferente, a propaganda eleitoral gratuita, aquela que temos que engolir todo santo dia se tornou algo de grande audiência de uns tempos pra cá, principalmente na reta final pro segundo turno. Assim como tem audiência os programas semanais da tarde da TV aberta, aqueles voltados pra mulher, que ganha audiência por exibir a vida pessoal alheia, dos artistas, assim como nos telejornais quando a notícia é algo trágico na vida de uma pessoa pública e assim como são os barracos e intrigas nos reality shows também tem sido no horário político. Ao invés do telespectador sentar no sofá pra ver as propostas politicas de cada cancidato, o público quer ver as imagens de um deles sendo agredido por bolas de papel amssado ou rolos de fita adesiva por militantes do partido oposto e depois ver a candidata adversária dizer que o outro candidato agredido fez 'cena' demais por pouca coisa.Ai ficam revirando o baú do passado politico de um e de outro pra comparar com que pode acontecer caso tal candidato seja eleito.
As emissoras veem adotando esses perfis de programas de uns 10 anos pra cá, devido a grande aceitação do telespectador.Talvez seja uma boa sugestão pro Sílvio Santos pra um programa a ser exibido no horário nobre e disputar a audiência com as novelas globais ou uma ótima sugestão pra globo substituir os programas sem graça de humor da mesma, lhe garanto que terá mais audiência.
Essa é uma campanha eleitoral que já deu pano pra manga e veio pra ficar na história de vez, não só pelos bate bocas e alfinetadas dos rivais presidenciáveis como também das candidaturas de inusitáveis figuras conhecida pelo publico como Tiririca, mulher pêra, Maguila, Juca Chaves e etc, que nos põe em duvida se serão tão bons na política assim como são como artistas ou atletas.
Infelizmente o telespectador brasileiro se delicia com tanta futilidade,com fofoca,com piadas de mau gosto deixando de lado programas de qualidade, de entrevistas, documentários, turísticos, educativos e etc.
Ai fica a pergunta: Qual das propostas dos candidatos é a mais cabível pra convencer a ter um voto decidido?Se é que há alguma proposta.
Qual dos candidatos é o melhor?O que degrine ou o que é denigrido?Uma vez quem um degrine o outro.
E como é que fica o eleitor de bom senso, aquele que não gosta de baixaria e quer ver propostas de governo?
E quem vencer será o grande campeão do Big Brother eleitoral.

5 comentários:

  1. NUNCA LI ALGO TÃO VERDADEIRO QUANTO ESSE,DE FATO DIA 31 TEMOS SEGUNDO TURNO PARA PRESIDÊNCIA,MAS NÃO TEMOS EM QUEM VOTAR,POIS TEMOS VISTO SO BRIGAS E NENHUMA PROPOSTA,ACHO QUE SERIA O CASO DO POVO BRASILEIRO ,FAZER COMO FEZ NO CASO COLLOR,DESTA VEZ NÃO IR PARA URNAS VOTAR,MAS SIM TODOS ANULAR SEUS VOTOS,PQ CANDIDATOS NÓS NÃO TEMOS,E DEPOIS AINDA DIZEM QUE NÃO SABEMOS VOTAR,A VERDADE É QUE NÃO TEMOS EM QUEM VOTAR.

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  2. isso ai Lúcia matou a pau com o que disse, a realidade é essa.Nos encontramos numa sinuca de bico, sem opção em quem votar:"VOOOOOLTA MARINA, VOOOLTA"

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  3. E fica a dúvida: estaria o brasileiro começando (mas beeeeem no comecinho mesmo) a gostar de política (e, quem sabe, evoluindo) ou, na verdade está involuindo (pois, se me lembro bem, o início dos anos 90 era outra coisa...).

    Eleição já foi coisa séria no Brasil, assim como a música...

    O que mais me chamou a atenção no texto é que ele levantou uma questão pouco discutida: e os que têm bom senso... Como ficam?

    Vagnão, explore mais isto! Abraços!

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  4. valeu Hugo Pezatti por ler e comentar...é isso mesmo...qual será o interesse do brasileiro com a política?

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  5. O eleitor de bom senso fica aqui no supercronico. afinal aqui não precisa xingar, bater, roubar e nem falar que meu pai é melhor que o seu.

    e me junto ao coro: VOLTA MARINA!!!!

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