supercrônico

supercrônico
crônicas, contos e poesias

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vida útil porém curta

O consumidor que procura ter qualidade e segurança nas coisas que compra é aquele que além de ter em mente o que quer comprar também avalia o produto pegando-os nas mãos, abrindo e fechando o mesmo, ou vestindo, ou provando,testando,tirando duvidas com o vendedor e lendo atrás as informações da etiqueta,embalagen ou rótulo, isso claro dependendo do que o consumidor deseja.
´É natural ver em algumas destas etiquetas,embalagens ou rótulos um selo de qualide INMETRO(Instituto Nacional de Metrologia) que testa e garante a qualidade da mercadoria antes de ir ao mercado.
Mas já pensou se outras coisas não materiais que consumimos para o nosso convívio pessoal viesse com uma garantia, identificando por uma logo ou selo colado ao corpo das pessoas  identificando alguns tipos de personalidades.
Pois daí teriamos o INPQP(Instituto Nacional de Patrões que pagam). Imagina você diante de um empregador em uma entrevista, enquanto ele avalia seu curriculum profissional e lhe faz perguntas pra saber se você tem o perfil pra vaga, você olharia de 'rabo de olho' se ele tinha ou não o selo de qualidade INPQP.
Também teriamos o INAC (Instituto Nacional de amigos Confiáveis) pra que pudéssemos ter a garantia se o novo amigo será um bom amigo ou não. É bom termos bons amigos para confidenciarmos nossos segredos mais íntimos e contar com eles quando precisarmos.
Seria interessante se tivessemos o INANT(Instituto Nacional de amantes que não trai). Revolucionaria os futuros romances dalí pra frente. Antes de nos encantar com o sorriso do outro(a) iriamos analisar o selo de qualidade INANT durante a paquera pra depois olhar pro rosto, pro corpo, etc.Nesse caso seria uma tarefa árdua para o Instituto analisar e disponibilizar o individuo(a) ao mundo.
E por que não o INAMUQ (Instituto nacional de musicas de qualidades) que obrigaria as emissoras de rádios e TVs a só colocarem os artistas que tivesse esse selo de qualidade em suas redes de transmissões. Já pensou? Seria o caos,  muito dos que fazem sucesso hoje teriam que trocar de profissões e as musicas se tornariam repetitivas nas rádios por falta de bom artista.
"Que legal, seu selo é colorido", Diria uma pessoa a outra mais despojada.
"Nossa, mas a sua é tão pequena",alguem diria a outra mais discreta.
O cidadão teria direito de customizar suas etiquetas e colocarem aonde bem pretender, com a cor que quiser, com o tamanho que quiser mas não poderia ficar sem as etiquetas, pois seria sujeito a multa.
Talvez assim as coisas durariam por mais tempo, você já percebeu que hoje nada mais dura como antigamente?
A música por exemplo; basta você dormir ouvindo:"No rebolation, no rebolation" pra acordar no outro dia ouvindo:"O jeito é dar uma fugidinha com você" e a essa altura o "Rebolation" já desapareceu dos nossos ouvidos.
 Realmente, nada mais dura como antes,os móveis, os eletros eletrônicos, os brinquedos, a louça, o tecido, o plástico, o isopor, os calçados,as ruas, as casas, os carros, as roupas, o perfume, o gosto, as amizades, os amores, os segredos, os sonhos, a magia das coisas, nada mais dura como antes.Tudo tem sua vida útil porém curta, muito curta.
Mas quanto ao selo, isso não iria acontecer, uma porque o ser humano tem o livre arbítrio pra ter o caráter que bem entender sendo ele bom ou ruím, pra isso se tem justiça, fora que também não somos obrigados a usarmos o que não queremos.
Seria uma revolução na história Nacional e nossos filhos estudariam nos livros a "Ditadura dos selos"

3 comentários:

  1. Poxa Vagnão. Se a moda pega.... ia ser realmente bem mais fácil, seria o fim da expressão "as aparências enganam". Mas como aqui é brasil. Logo pirateariam o selinho. Mas que seria ótimo escolher o patrão que paga e o parceiro que não trai, ah, isso seria. Excelente texto.

    ResponderExcluir
  2. e ai leandro...se vc falou q ta legal é pq ta legal mesmo...valeuuuuu

    ResponderExcluir
  3. Hum,Zaffani... adorei o texto... ia ser ótimo esse sistema de selo, deixariamos de passar raiva em muitas coisas... Parabéns pelo texto! Bjim...

    ResponderExcluir